Cá vem a crónica 25,
Que traz muito que contar.
Ouvi agora, senhores,
Uma história de esfaimar.
Sentaram-se todos à mesa,
Augurando um bom manjar.
Barrigas rugindo de fome,
Dente pronto a trabalhar.
Rogaram pragas à Vânia,
Que os queria à fome matar.
Não havia que comer,
Não havia que manjar.
Pediram, por Deus, um pão,
Ou uma lasca de chouriço.
Havia só polvo, e rijo,
Mas ninguém embarcou nisso.
Já não havia salsichas,
A dobrada tinha acabado.
Das costeletas na brasa,
Ficara só o bronzeado.
Nisto, banhado em suor,
Num sobressalto acordei,
Para ver, perante mim,
Repasto digno de um rei.
Já não falo mal da Vânia,
Que agora juro adorar.
E por nos ter alimentado,
Com o meu filho a hei-de casar.
E se a boda ela recusar,
Talvez para me fazer castigo,
Está lixada, a rapariga,
Terá de casar comigo.
8.30.2006
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1 comentário:
Não resisti e li esta antes da 20 à 24! Está sublime! Suponho que a 26 terá como título "O regresso dos Marretas", não?
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